Não foram raras as vezes que, sobretudo nestes últimos anos, nos perguntámos sobre o que seria feito deste ou daquela. Nós, as que continuávamos a falar, a ver-nos regularmente e a seguir as vidas umas das outras, tínhamos talvez mais essa capacidade de fantasiar, investigar e interrogar-nos sobre as suas vidas e os seus percursos. De vez em quando, lá íamos sabendo de algumas novidades pela amiga-do-primo-do-amigo ou lá nos cruzávamos nos sítios habitualmente frequentados pela nossa geração (se bem que a maior parte das vezes, imperava a vergonha ou aquela sensação do 'ela já não se deve lembrar de mim').
Mas as tecnologias e alguns encontros imediatos aproximaram-nos e possibilitaram que, finalmente, conseguíssemos juntar um bom número para um reencontro ao fim de 13 anos para maior parte, e de 15 ou 17 para alguns... Foi estranho, foi. Cada um seguiu o seu percurso, mas ninguém se perdeu pelo caminho. Mais giro foi perceber que - ao fim de tantos anos e tantas divergências em alguns caminhos percorridos - afinal aqueles anos, aquela educação, aquela infância e todas as recordações dela, serviram de base ou ponto de referência para um desenvolvimento não assim tão diferente. Não sei se foram de facto as emoções a falar mais alto, mas a verdade é que já me senti bem mais distante de pessoas por vezes aparentemente mais próximas. Contas feitas, é para repetir e está provado que os anos podem não ser o suficiente para arrefecer certas coisas - felizmente.
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