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"(...) a ciência do governo dos homens, a mais difícil e a maior de todas as ciências possíveis de se adquirir."
Saiu esta semana na revista Pública um artigo muito interessante sobre a experiência de uma jornalista no Himsagar express, o comboio que atravessa a Índia de norte a sul, num total de quase 4000 km!
Não andei neste, nem 77 horas seguidas, mas algumas noites deram para ficar com a ideia do que é a experiência de andar de comboio naquele país... é de facto uma EXPERIÊNCIA!
Os cheiros, as pessoas, a diversidade, a confusão, o tempo, o frio, o pó, a adrenalina...tudo se relativiza e as memórias reavivam-se.
Este é o vídeo da reportagem, que está muito bem feito e vale a pena ver:
http://videos.publico.pt:80/Default.aspx?Id=f0f1e496-43c6-4570-8936-aa4896b3bd2d
Nem tudo o que se passapode ser escrito, eis o que já sabíamos
Nunca voltes ao lugar
Onde já foste feliz
Por muito que o coração diga
Não faças o que ele diz
Acho que nunca ouvi tantas vezes falar de 'zona de conforto' como nas últimas duas semanas -- ou porque e como se deve sair dela. Acho também que a razão é simples: até agora, a minha vida foi sempre muito confortável.
Penso que até certa fase, de uma forma ou de outra, todos nós nos vamos conformando com o que a vida (seja pelos acasos ou por aquilo que nos podem proporcionar) nos reserva. Por mim falo, é certo. Mas, de uma maneira geral e por aquilo que vemos e ouvimos à nossa volta o certo ou o "esperado" é que concluamos os nossos estudos e só então poderemos "ser alguém", que é como quem diz, escolher um rumo para a nossa vida. Isto pressupõe uma certa lógica de acomodação.
Mas existem os corajosos que conseguem desafiar esta lógica - e então, se não se perderem, dão rumos brilhantes às suas vidas. Mas depois, há também os que seguem essa lógica o resto da vida, sem nunca saírem da tal 'zona de conforto' -- e isso sim, é triste. Falem-me de falta de oportunidades, de pouca sorte, de incapacidades... mas não será preciso entrar em pormenores para explicar que só através da saída da nossa zona de conforto (tentativas, no mínimo!) é que podemos chegar a novas descobertas, a novos caminhos e a melhores oportunidades. Elas estão lá, para quem as quiser agarrar ou desafiar. E ter a noção disso é o primeiro passo. Depois, é passar da teoria à prática. Mais palavras para quê? Esta imagem resume tudo: está na altura de passar para fora do tracejado.